DANIEL FAGUS KAIROZ
Vive e trabalha entre Brasa-Ilha - DF e SamPã - SP
1984

Artista transdisciplinar que através do pensamento coreográfico articula sua prática artística e realiza suas obras sempre na encruzilhada entre perspectivas e diversos territórios da arte, mas também da filosofia, da crítica, da arquitetura/urbanismo e da cosmopolítica. Seus trabalhos tem o corpo, em suas manifestações poéticas, políticas, eróticas e espirituais como fundamento das relações entre diferentes dimensões visíveis e invisíveis. As suas criações coreográficas mais recentes acontecem privilegiadamente em espaços públicos evidenciando os aspectos cosmopolíticos da cidade. Atualmente tem aprofundado seus estudos, iniciados em 2018, dos princípios da filosofia taoista aplicados à dança, além de atuar como terapeuta de Medicina Tradicional Chinesa desde 2020.

Bacharel em Comunicação das Artes do Corpo PUC – SP (2001 - 2005). Em 2006 ganhou o prêmio RUMOS DANÇA – Itaú Cultural pela pesquisa entre dança e desenho Pele Pelo Osso. Em 2008 e 2009 participou da VERBO – Festival Internacional de Performance da Galeria Vermelho com as obras Existe alguma possibilidade ética que não acene ao totalitarismo? e A Maldição de Ford, respectivamente. Em 2010 estreou seu primeiro longa metragem filme-rio (川) na Cinemateca Brasileira em São Paulo. No mesmo ano foi convidado a dirigir a peça de dança Rútilo Nada, com Donizete Mazonas e Wellington Duarte, inspirado em novela homônima de Hilda Hilst. Em 2012 ganhou o prêmio Cultura Inglesa Festival para realizar o trabalho tempestةفصاع. Participou como artista residente do LOTE#1 e LOTE#2. Em 2011 realizou uma exposição em sua própria casa Casa em Exposição, cobrindo o chão de sua sala com 500kg de terra e expondo uma série de fotografias e vídeos além da apresentação da performance serumanus- Outro. Nesse contexto criou três diferentes nomes para assinar suas obras, afim de estruturar com maior consistência seu gesto artístico. Em 2012 participou da exposição Em Aberto do espaço independente Phosphorus com curadoria de Maria Montero com a obra Campo de Luz e Silêncio. Desde 2012 coordena o grupo de estudos coreográficos chamado Coisa Coreográfica, uma metodologia prática de lida com as forças coreográficas que regem a matéria. Ainda em 2012 começou a trabalhar na criação de uma série de Esculturas Invisíveis, esculpidas através do movimentos do corpo do dançarino. Também em 2012 estreou seu segundo longa metragem Exgotamento na Cinemateca Brasileira. Criou duas coreografias de fumaça, a coreografia#9 para a Praça Roosevelt e a coreografia#12 para o Parque Augusta em homenagem ao arquiteto Bernard Tschumi. Criou a coreografia#18 para paredes dry wall de exposição. De 2012 a 2014 trabalhou no Poema para Arquitetura, um poema arquitetônico para a sala buraco do Phosphorus utilizando diversos materiais dourados, dando início à sua pesquisa da relação entre luz e matéria. Em 2013 criou o fãzine de crítica de dança que abriu caminho para a editora independente Phármakon, que publica livros de artistas que cultivam os campos da poesia e do pensamento. Em 2014 começou a trabalhar as coreografias dos espaços públicos com a ação Artistas Comem Art Palácio e com o projeto TERREYRO COREOGRÁFICO, que cruza arquitetura e coreografia, afim de repensar e recoreografar espaços públicos, projetos urbanos e arquitetônicos da cidade. De 2014 a 2016 criou as corografias e fez a preparação corporal para as peças da cia Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona, além de atuar no coro. Em 2016 fez sua primeira exposição individual, Os próximos acontecimentos esclarecerão tudo isso, na Sé Galeria. No mesmo ano criou a coreografia#16 para máquina de plotter e bobina de papel. Criou a coreografia#13 em homenagem à Renée Gumiel dentro do projeto Cerco Choreográfico das artistas Bárbara Malavoglia e Andreia Yonashiro. Em 2017 participou de exposição coletiva na Carbono Galeria com as obras Poema para abrir espaço 2 e Campo de Luz e Silêncio 2. No mesmo ano deu início à série coreográfica ARA, composta por sete coreografias dedicadas cada uma a um dia da semana, com a obra ARA MAINO’Ī, com duração de 16 horas que acontecia em diferentes espaços públicos do centro da cidade. Idealizou e coreografou o curso LICHT: Luzes Sobre Stockhausen, série de 7 aulas com o professor e compositor Flo Menezes sobre a ciclo de sete óperas LICHT do compositor alemão Karlheinz Stockhausen. Em 2018 em parceria com Maíra De Benedetto e Lorraine Maciel, fez a curadoria e expografia da exposição AO PÚBLICO O Q É PÚBLICO sobre o trabalho do Terreyro Coreográfico. No mesmo ano a convite da Pinacoteca do Estado e do Memorial da Resistência fez a curadoria da exposição SER ESSA TERRA: São Paulo Cidade Indígena em parceria com a historiadora Marília Bonas. Em 2019, a convite das artistas Suiá Ferlauto e Adalgisa Campos, performou a Coisa Coreográfica no Território Cinza, campo de estudos em residência na Oswald de Andrade. A convite do dançarino e coreógrafo Wellington Duarte, coreografou o Gesto Coreográfico GESTUS 4.13 dentro do projeto Situação de Atrito 3: Uma Coisa Muda. No fim de 2019, apresentou um segundo estudo da mesma pesquisa iniciada no Gesto Coreográfico com o nome de COISA: HUIYIN. Em 2020 a convite da curadoria do MASP realizou a ação coreográfica COSMOCAPA junto do Terreyro Coreográfico, ativando os Parangolés presentes na exposição A Dança Na Minha Experiência, individual do artista Hélio Oiticica no MASP em São Paulo. Em 2021 coordenou e dirigiu o projeto TERRA CORO do Terreyro Coreográfico que contou com apoio da 29a edição do edital de Fomento à Dança de São Paulo, além de dirigir, coreografar e montar o filme coreográfico TERRACORO. De 2021 a 2023 performou dançando e tocando guitarra na peça POSIÇÃO AMOROSA do Núcleo Entretanto. Em 2022, criou a videodança O BRASIL É MINHA ENCRUZILHADA para a mostra de videodança do SESC Sorocaba com curadoria da Isis Gasparini. No fim do mesmo ano realizou sua segunda exposição individual com o nome SOPRO, realizada na SÉ Galeria com curadoria de Leo Felipe. Em 2023 participou da 17ª edição da VERBO – Mostra Internacional de Performance da Galeria Vermelho e do Festival de vídeo-dança DANÇA EM FOCO no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro com a vídeo-dança O BRASIL É MINHA ENCRUZILHADA. Realizou o experimento coreográfico COSMOCAPA em diálogo com obras neo-concretas de Hélio Oiticica, Lygia Pape e Lygya Clark no Sesc Santo Amaro.
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